Pelo programa sugerido que se encontra em uma das muitas gavetas do governo, cada proprietário receberia crédito de R$ 30 mil para entregar seu caminhão, que seria sucateado. "Dinheiro para isso tem: aquele que é gasto hoje com a saúde pública em consequência de acidentes e da poluição do ar", defendeu Saltini.
Programas de renovação testados em São Paulo (no porto de Santos), Minas Gerais e Rio de Janeiro até agora tiveram resultados pífios, com o recolhimento de menos de 300 caminhões em dois anos.
Segundo cálculos do Conselho Nacional do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Conama), um único caminhão com mais de 30 anos polui o equivalente a 40 atuais (Proconve P7).
Saltini também defendeu a implantação da inspeção veicular como forma de retirar de circulação veículos mais poluentes e inseguros e estimular o programa de renovação de frota. "Já disseram que a renovação esbarra no fato de caminhões com mais de 30 anos ainda terem bom valor de mercado, entre R$ 30 mil e R$ 50 mil. Se existisse uma inspeção restritiva esse valor seria zero, pois esses veículos seriam impedidos de circular", ponderou. Ele recordou que, durante evento recente, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) entregou carta a um representante do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) pedindo prioridade na implantação de programas de inspeção e manutenção veicular.